quinta-feira, 27 de setembro de 2012

A vida e o homem


Medíocre são as recordações
Presentes da idade
Extrato da destilação do tempo
Que feito faca, corta
Penetra cada centímetro de segundos
Assim devasta a vida
Provoca dor e nos presenteia a cicatriz, que é um epitáfio
Lembranças, mediocridades
Migalhas da vida.

Se a vida é um pão de trigo
Se é o alimento do banquete sagrado
A nós sobrou apenas o rastro do tempo
Migalhas, ainda que se comam todas
Pois não se come a vida inteira
A qual é cuspida no parto
E se espalha feito bolhas de sabão
Divide-se e é sentida a tics e tacs
Letras, segundos, notas, unidades.

Ah! Vida, como és sem graça
E a overdose mata
Só nos sobra à verdade
O pão inteiro
Que não se dá em migalhas
A verdade, tudo e nada mais
Presente de Deus
Sovado pelo homem. 

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